2,8 mil mudas de Araucária no Paraná

O Sistema de Transmissão Gralha Azul, da Engie, e a empreiteira do projeto, Tabocas, fizeram parceria com a Exploradores Feras do Sul e com a Usina Hidrelétria Salto Osório, para doação e o plantio de 2.800 mudas de árvores de Araucária (Araucaria angustifolia). 

As mudas foram destinadas à Reserva Nascentes do Rio Açungui, em Campo Largo (PR), com o apoio do Instituto Água e Terra e farão parte do projeto de revitalização dos Caminhos dos Jesuítas, na trilha conhecida como Arenito.

No cultivo das mudas participaram cerca de 100 crianças e adolescentes da Organização Não Governamental Exploradores Feras do Sul, do município de Apucarana (PR).

Segundo o fundador da instituição, Ronivaldo Nascimento, a atividade faz parte da Responsabilidade Ambiental da ONG em parceria com Lojas Maçônicas do município.

A ONG fornece trabalhos voluntários, aulas de musicalização e esportes para meninos e meninas de cinco a 13 anos que se encontram em situações de vulnerabilidade social.

“Cada criança e adolescente tem o papel de cuidar da natureza e da sociedade e, ações como essa possibilitam que elas aprendam a ter responsabilidade social e ambiental”, afirma.

Para Nascimento, cultivar não é tão simples, exige dedicação. “Tem que ter todo um acompanhamento do início ao fim. As crianças e os adolescentes envolvidos entendem que a sua dedicação de cuidado no plantio, se for malfeita pode ser ruim, mas se for bem-feita, será benéfica, criando assim, uma responsabilidade em cada um”.

O processo de levantamento e retirada das mudas no viveiro da ONG em Apucarana foi realizada pelo Sistema de Transmissão Gralha Azul com a empreiteira do projeto, Tabocas.

De acordo com o diretor de Implantação do STGA, Márcio Daian, a atividade faz parte das ações socioambientais do projeto e é fundamental para revitalização do meio ambiente. “Realizamos esta parceria de extrema importância para o projeto e com isso, vamos garantir o plantio de Araucárias em uma área de revitalização. Uma ação importante e que mostra a contínua preocupação do STGA com a conservação da árvore que é símbolo do Paraná”, disse.

As mudas foram doadas pela ONG Feras do Sul e pelo viveiro da Engie da Usina Hidrelétrica) Salto Osório.

O viveiro, de resposabilidade da Engie, tem como objetivo o cultivo de mudas de diversas espécies nativas, incluindo a Araucária, que são utilizadas em parcerias sociais, ações de doações junto às comunidades, bem como para o cumprimento das compensações ambientais dos empreendimentos sob responsabilidade da Companhia.

Para o STGA, as compensações acordadas com o Órgão Ambiental – responsável pelo licenciamento do projeto – superam o previsto em lei, sendo que, para cada Araucária suprimida, serão plantadas outras três árvores dessa espécie, demonstrando o compromisso da empresa com a conservação do meio ambiente.

Outras ações feitas pela Engie também reafirmam a responsabilidade com o meio ambiente, como a doação de 400 mil mudas de árvores somente no ano passado. Ao todo, foram 5,2 milhões de mudas plantadas e doadas no Brasil, ao longo de 20 anos de atuação da Companhia.

Na ação desta semana, somadas, as doações de ambas entidades – ONG e UHE – resultaram em 2.800 mudas de Araucária que chegaram nesta quarta-feira, dia 28, à Reserva Nascentes do Rio Açungui. Além da doação, equipes do STGA envolvendo a própria Engie e Tabocas também realizaram o plantio dessas mudas no ato da entrega.

A área de reserva faz parte da Fazenda Nossa Senhora de Fátima, em Campo Largo (PR). O presidente do projeto de revitalização, Carlos Ferreira, explica que atualmente a reserva ocupa 95% da propriedade e equivale a um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica com Araucária na confluência com o cerrado, dentro da Escarpa Devoniana. Além disso, a reserva possui mais de 230 nascentes catalogadas o que, no futuro segundo Ferreira, poderá fornecer água para 50% da população de Curitiba (PR).

Sobre a ação, as mudas foram plantadas em uma área de 728 alqueires, o equivalente a mais de 17,6 milhões de m². Segundo Ferreira, o plantio ajudará para que as Araucárias se tornem matrizes de coletas e produção. “As Araucárias plantadas aqui, ajudarão na coleta de sementes para que possamos fornecer aos viveiros parceiros mais sementes para doação e produção de outras mudas. Além disso, contribuem para a conservação da espécie e preservação da fauna local”, afirma.