Saltar para o conteúdo

MADA PEREIRA

ARQUIVO PUBLICÁVEL
Main navigation
  • Estilo
    • Moda
    • Saúde
    • Beleza
    • Comportamento
    • Morar
  • À mesa
    • Pratos
    • Copos
  • Saber
    • Educação
    • Viagem
  • Cultura
    • Cinema
    • Teatro
    • Dança
    • Exposição
    • Lazer
    • Literatura
    • Música
  • Dinheiro
  • Eu + Contato
blogmadapereira 24/09/2019 Comportamento, Dinheiro, Educação, Negócios, Saber

Turismo de natureza

Duas iniciativas em andamento na Mata Atlântica e no Pantanal têm demonstrado que grandes remanescentes naturais em bom estado de conservação representam uma oportunidade única para impulsionar a economia regional.

Os patrimônios cultural e histórico destas regiões também são ativos importantes para fomentar o turismo e despertar o interesse em proteger e gerir adequadamente as áreas naturais.

A Grande Reserva Mata Atlântica e o Alto Pantanal têm como base a metodologia desenvolvida pelo biólogo espanhol Ignácio Jiménez-Pérez, apresentada no livro Produção de Natureza: Parques, Rewilding e Desenvolvimento Local, lançado neste mês no Brasil.

O conceito de “Produção de Natureza” foi desenvolvido por Jiménez-Pérez quando trabalhou na Conservation Land Trust (CLT) ao longo de 13 anos no projeto de Esteros Del Iberá, na Argentina.

A proposta defende que a produção da natureza seja a base para o desenvolvimento econômico e social de áreas que preservam importantes patrimônios naturais. Dessa forma, a natureza passa a oferecer produtos e atrativos para serem comercializados de forma sustentável pelo ecoturismo.

Inspiração – Junto ao governo argentino e à província de Corrientes, Jiménez-Pérez participou da criação do maior Parque Natural do país, recuperando espécies selvagens extintas, como veado-campeiro, tamanduá-bandeira, cateto, anta, arara e onça-pintada.

Além do impacto ambiental positivo sobre a biodiversidade, a experiência de Iberá serviu para gerar novas opções de desenvolvimento para uma região marginal dentro da economia e política argentinas.

A criação do Grande Parque Iberá não só gerou novas oportunidades de emprego como também promoveu a valorização da cultura local e a criação de uma nova Secretaria de Turismo em uma província que antes não se via como turística. Em paralelo, a mídia internacional começou a falar sobre a região, o que fez com que o The New York Times e a revista National Geographic elegessem Iberá como um dos 50 principais lugares de natureza no mundo para se visitar, expondo-o como um destino turístico e como um exemplo de restauração ecológica e cultural.

Potencial brasileiro

Apesar das características singulares do Brasil, dados da Organização Mundial do Turismo (OMT) apontam que as taxas de crescimento do turismo internacional no País foram de 0,6%, em 2017, e 0,5%, em 2018.

Já no Peru e na Argentina, segundo informações do Ministério do Comércio Exterior e Turismo do Peru e do Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina, o crescimento em 2018 foi de 10% e 7,5%, respectivamente.

Neste cenário, cada turista gastou, em média, US$ 53,96 por dia durante a passagem pelo Brasil, sendo que os três destinos mais procurados têm a natureza como um forte ponto em comum: Rio de Janeiro (atraindo 29,7% dos turistas), Florianópolis (17,1%) e Foz do Iguaçu (12,9%).

Já dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o consumo interno de turismo teve um aumento de 3,2% entre os meses de janeiro e julho de 2019 quando comparado ao mesmo período do ano passado.

“Se levarmos em conta que o Brasil tem atrações naturais que incluem as cataratas mais visitadas da América, o Pantanal e a Mata Atlântica, chama atenção a escassa visitação em relação a países vizinhos”, analisa Jiménez-Pérez.

“Isso nos mostra claramente como o Brasil é um gigante territorial que está ‘comercializando’ seus enormes atrativos naturais (incluindo Parques Nacionais e outras áreas protegidas) de uma maneira muito inferior a outros países da região. Se compararmos a esses padrões, parece evidente que há uma oportunidade perdida de valorizar e aproveitar a riquíssima biodiversidade brasileira”, ressalta.

Biodiversidade – O trabalho desenvolvido por Jiménez-Pérez estimulou o lançamento de dois movimentos no Brasil que prezam pelo desenvolvimento territorial a partir da conservação da natureza e dos atrativos turísticos, históricos e culturais que pequenos municípios localizados em meio a grandes áreas naturais oferecem.

O Brasil abriga a maior biodiversidade mundial, cerca de 20% das espécies do planeta. Dessas, a Mata Atlântica – bioma cujo território foi reduzido a 7% da sua cobertura original, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente – concentra 35% da biodiversidade vegetal nacional, além de cerca de 850 espécies de aves, 370 de anfíbios, 200 de répteis, 270 de mamíferos e 350 de peixes.

“A conservação da natureza não é um empecilho para o desenvolvimento, mas sim um meio econômico que gera uma série de bens e serviços de qualidade, com alto valor agregado. Os atrativos naturais e culturais são oportunidades para geração de emprego e renda, principalmente para os jovens, que se sentirão motivados a permanecerem no local onde nasceram e cresceram”, explica o diretor executivo da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), instituição idealizadora da Grande Reserva Mata Atlântica, Clóvis Borges.

O local é um grande remanescente do bioma, formado por 2 milhões de hectares localizados nos estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina e conectados por um mosaico de Unidades de Conservação (UC) públicas estaduais e federais e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN).

A região abriga espécies endêmicas, como o mico-leão-da-cara-preta e o papagaio-de-cara-roxa, e animais ‘topo de cadeia’ que indicam a qualidade ecológica do local, como a onça-pintada. O objetivo da iniciativa, que envolve uma grande rede de atores do empresariado local, poder público, academia, gestores de unidades de conservação, ONGs e pessoas sensibilizadas, é tornar a região um destino turístico de natureza como mecanismo para o desenvolvimento regional.

“O patrimônio natural que temos é um importante ativo para o desenvolvimento econômico e social. É preciso fortalecer a imagem da Mata Atlântica como destino turístico e estimular a visitação para que todos compreendam a importância da conservação e que a comunidade local aprimore cada vez mais os serviços oferecidos”, afirma Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, que também está à frente da iniciativa.

Assim como a Grande Reserva Mata Atlântica, o Alto Pantanal também reúne instituições e pessoas que atuam na região, como pesquisadores, empresários e a própria comunidade, para pensar em oportunidades de negócios e melhorias para a cadeia do turismo regional do bioma mais bem preservado do País.

O projeto é liderado pelo Instituto Homem Pantaneiro e pela Rede do Amolar. “A despeito da principal atividade econômica do homem pantaneiro ter sido, historicamente, a pecuária, a fauna foi protegida no processo de ocupação que é, hoje, um exemplo para o mundo. Com a metodologia de Produção de Natureza conseguimos enxergar novas possibilidades, trazendo um olhar e foco mundial ao turismo com base nas exuberâncias locais”, diz o diretor do IHP, Ângelo Rabelo.

 

Compartilhe

  • Clique para partilhar no Facebook (Abre numa nova janela) Facebook
  • Click to share on X (Abre numa nova janela) X
  • Clique para partilhar no Pinterest (Abre numa nova janela) Pinterest
  • Carregue aqui para partilhar no Reddit (Abre numa nova janela) Reddit
  • Clique para partilhar no WhatsApp (Abre numa nova janela) WhatsApp
  • Clique para partilhar no LinkedIn (Abre numa nova janela) LinkedIn
Posted in Comportamento, Dinheiro, Educação, Negócios, Saber and tagged conservação, diólogo, espanhol, Jiménez-Pérez, Mata Atlântica, Natureza, Pantanal. Bookmark the permalink.

Leia +

  • Da brasa à coquetelaria, Boi Tatá é o local! 25/11/2025
  • La Nuit du Vin do L’Épicerie, Especial França  25/11/2025
  • Rock beneficente para HCzinho 25/11/2025
  • Circuito Bom Gourmet de Verão 25/11/2025
  • Bora de Bike Ric RECORD  25/11/2025
  • Galeria Ybakatu comemora 30 anos 25/11/2025
  • Pop Up Store de Natal do Novo Louvre 25/11/2025
  • Vila Katu tem cinema ao ar livre 25/11/2025
  • Artesian participa da Caçamba do Bem 06/11/2025
  • Últimos dias da Mostra Black Home Sul 06/11/2025
  • Exposição e música no Jokers 06/11/2025
  • Natal no hotel Deville Maringá 06/11/2025
  • Começa Natal no Shopping Mueller! 06/11/2025
  • Réveillon Tropical na Pousada Estaleiro Guest House 06/11/2025
  • Surf Center abre espaço de fisioterapia 06/11/2025
Create a website or blog at WordPress.com
  • Início
  • Contato
  • Cultura
  • Dinheiro
  • À mesa
  • #3 (sem título)
Secondary navigation
  • Facebook
  • Instagram
  • Compartilhar
  • Pesquisar

Navegação de artigos

Colégio Sion na campanha Brasil Sem Frestas
Coro da Camerata Antiqua em tributo a compositores ingleses

Begin typing your search above and press return to search. Press Esc to cancel.

  • Subscrever Subscrito
    • MADA PEREIRA
    • Junte-se a 164 outros subscritores
    • Already have a WordPress.com account? Log in now.
    • MADA PEREIRA
    • Subscrever Subscrito
    • Registar
    • Iniciar sessão
    • Copy shortlink
    • Denunciar este conteúdo
    • View post in Reader
    • Manage subscriptions
    • Minimizar esta barra