A cena é cada vez mais comum: desconforto nas costas que começa leve, se arrasta por semanas, vira dor constante, até que um dia a pessoa não consegue mais levantar da cama ou trabalhar. De acordo com o Ministério da Saúde, a dor lombar é hoje a principal causa de afastamento do trabalho no Brasil, superando outras condições como doenças respiratórias e transtornos mentais.
E o problema não é exclusivo dos brasileiros. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a dor nas costas é a condição de saúde mais incapacitante do planeta, afetando 619 milhões de pessoas no mundo. A previsão é que este número ultrapasse 843 milhões até 2050, impulsionado pelo envelhecimento da população e pelos hábitos de vida cada vez mais sedentários.
Mas por que dói tanto? E quando é preciso pensar em cirurgia?
Quem responde é o neurocirurgião Denildo Veríssimo , especialista em cirurgia da coluna e técnicas minimamente invasivas, com atuação em hospitais como Nossa Senhora das Graças, Pilar e Sugisawa.
“A maior parte das dores nas costas tem origem mecânica, por sobrecarga, má postura ou processos degenerativos naturais do corpo. Mas, em muitos casos, a dor vem acompanhada de alterações neurológicas, como dormência, perda de força ou irradiação para pernas. Nestas situações, é preciso investigar se há uma compressão nervosa por hérnia de disco e, quando confirmada, avaliar o melhor tratamento”, disse.
Cirurgia minimamente invasiva
Segundo Veríssimo, o avanço da tecnologia tem permitido procedimentos cada vez mais seguros, precisos e com tempo de recuperação reduzido. “Hoje, com a cirurgia minimamente invasiva, conseguimos operar com incisões menores, menos trauma aos tecidos, menor risco de infecção e, o principal, um retorno mais rápido à rotina do paciente”, explica.
Entre os sinais de alerta que indicam a necessidade de avaliação cirúrgica, estão:
- Dor nas costas persistente por mais de 6 semanas, que não melhora com tratamento clínico
- Irradiação da dor para membros (geralmente perna), com formigamento ou dormência
- Perda de força muscular em uma ou ambas as pernas
- Dificuldade para caminhar, levantar ou se manter em pé
- Perda de controle de esfíncteres (caso grave e emergencial)
“O maior mito que enfrentamos é a ideia de que toda cirurgia de coluna deixa sequelas. Isso não é verdade. Quando bem indicada e feita com técnica, ela não só alivia a dor como devolve qualidade de vida. Tenho pacientes que chegaram ao consultório sem conseguir caminhar e, após a cirurgia, voltaram ao trabalho e às atividades físicas”, reforça o neurocirurgião.
Além da expertise cirúrgica, Denildo Veríssimo defende a medicina baseada na escuta e na personalização do cuidado. “A dor nas costas pode parecer banal para alguns, mas ela é devastadora na vida de quem convive com ela todos os dias. Por isso, precisamos olhar para o paciente como um todo, entender seu contexto, seus medos e expectativas. A tecnologia ajuda, mas a empatia é insubstituível”, destaca.
Com especializações no Brasil e nos Estados Unidos, Mestrado e Doutorado em curso na área de Proteômica e Inteligência Artificial para Diagnóstico de Lesões Neurológicas, ele também atua como professor da Faculdade Evangélica Mackenzie e preceptor da residência médica do Hospital de Clínicas da UFPR.
Dados que preocupam:
- Segundo o INSS, as dores nas costas representam mais de 25% dos afastamentos por incapacidade temporária no país.
- Em 2023, foram mais de 300 mil licenças concedidas apenas por lombalgia.
- Estima-se que 8 a cada 10 pessoas terão algum episódio de dor nas costas ao longo da vida
Serviço
Atendimento nos hospitais: Nossa Senhora das Graças, Centro de Oncologia do Paraná e Sugisawa.
Especialista em: neurocirurgia minimamente invasiva, tumores cerebrais, doenças da coluna e neuro-oncologia.
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